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Mostrando postagens de abril, 2012

Um pouquinho de mim

Só hoje, na véspera de completar meus 22 anos de idade, é que eu fui me dar conta do porquê eu gosto tanto de frio. Não gosto de sentir frio e nem de pegar aquela chuva gelada, mas se eu estiver devidamente agasalhado e se a chuva for do lado de fora da janela... Na verdade, se eu for descrever bem de como eu gosto do clima, fica na cara que meu favorito é o outono. E olha que coincidência, eu nasci em pleno outono, ou melhor, em seu pleno início. Não, eu não vou falar sobre meus gostos peculiares nesse texto. Apenas resolvi começá-lo com uma pequena percepção da minha parte. Observação essa que de tão insignificante, me passou desapercebido por quase 22 anos, até hoje. O fato é que existem duas datas no ano que me deixam reflexivos demais sobre mim mesmo. O meu aniversário e o Ano Novo. E nesse aniversário não está sendo diferente. É valido para mim pensar em todo esse tempo. Todas as conquistas que obtive, todos os sonhos e vontades que consegui realizar, todas as decepções e d

Sobrevivência

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"Quando a última árvore tiver caído, Quando o último rio tiver secado, Quando o último peixe for pescado, Vocês vão entender que dinheiro não se come." Essa frase aparece em um vídeo que correu a internet há algum tempo, e só me fez pensar... De todas as gerações que já popularam a terra eu nunca achei que faria parte da geração EU. Nós estamos cada vez mais egoístas. No trânsito, na fila do banco, no supermercado e até nas salas de aula. Estamos vivendo sim a geração do EU.  Nós vangloriamos outros países e falamos de sua educação, mas somos incapazes de tentar simular este centro de nossa devoção. Somos hipócritas para conosco. Não deveríamos ter vergonha do que falamos para os outros, mas sim do que pensamos. Todos nós, por pior que tenha sido a nossa educação, já ouvimos dizer que se um deixa de fazer porque o outro também não fará, então nada há de acontecer. Mas ainda assim, somos mal educados, porque o outro será. Somos egoístas porque &q

No Semáforo

Certo dia, voltando para casa em meio ao trânsito caótico do Rio de Janeiro me peguei em pensamentos mundanos. Quase devaneios filosóficos. Com a mente vazia por vontade própria eu me agarrava a qualquer ideia. Me prendia desde os piches nos prédios até a forma mais estranha que eu conseguia obter dos faróis à minha volta, se eu embaçasse a vista, até que fui surpreendido por um rapaz no semáforo. Um homem de boa estatura - no entanto, com certeza um pouco menor que eu - beirando os 28 anos eu diria e negro, com um sorriso de dar inveja a qualquer um. Ele me quebrou no sorriso e no olhar profundo. Antes mesmo de terminar sua primeira frase eu já tinha lhe devolvido um sorriso. Logo, então ele concluiu sua primeira frase que dizia "Bo, boa tarde. Você não repara não é q, que eu sou meio gago". O visitante do semáforo queria, é claro, alguma contribuição. Mas ele tinha um discurso diferente. Enquanto eu procurava por algumas moedas no carro e ele passava um pano seco no v