Sem Dúvidas, Sem Certezas...

Fazia muito barulho, muita poluição sonora. Carros passando na rua, cachorros latindo, televisão, ventilador e vizinhos. Era, com certeza, muita informação para se absorver e eu já devia estar dormindo... De repente, enquanto me revirava na cama, houve um silêncio tão rápido quanto a duração de um piscar de olhos. Fiquei inerte esperando entender o que acabara de acontecer quando, fui surpreendido por outra minúscula pausa, em meio àquela barulheira. Sem que eu me percebe-se, toda aquela poluição sonora começava a ser interrompida diversas vezes. Foi então que eu me dei conta de que eu não estava presenciando uma chuva de pausas. Estava realmente chovendo. Eu estava, agora, ouvindo mais que uma chuva de pausas. Eu era capaz de ouvir o silêncio. Você já parou para ouvir o silêncio e esquecer de toda aquela correria em sua mente? Faça isso. Escute o silêncio... É maravilhosamente ensurdecedor!

A mente pode, muitas vezes, se tornar uma assassina da alma. Não de almas alheias, mas sim da sua própria alma. E ela faz isso com uma engenhosidade tremenda. Seu foco é bem definido. Lá no mais íntimo do seu ser, em um lugar tão escondido que você faz de conta que ele não existe. Para chegar lá, sua mente se vale de um ajudante bobo, porém destemido, desses que não raciocina muito mas que também é difícil de se segurar. Este ajudante precisa ser alguém corrompível e que consiga viajar bem por sua cabeça. É por isso que o candidato perfeito é o pensamento. Ela consegue corrompê-lo com uma simples ideia, inofensiva em geral, mas que está determinada a desencadear dentro de ti pensamentos dos mais escondidos. Pensamentos esses que vagam por terras de gigantes adormecidos. E é aí que mora o perigo. É preciso perceber a ameaça, ser consciente e por seus pensamentos no lugar, antes que seja tarde demais.  Afinal, só nós sabemos (e muito bem) o quão perigosos são esses gigantes. Nessas h