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Mostrando postagens de abril, 2011

No fim...

A pergunta é: Nós pagamos por nossos pecados na terra? Que existem pessoas más e pessoas boas, isso nós já estamos cansados de saber. Tem gente boa que sofre a vida inteira, tem gente má que sempre se deu bem em cima das boas. Tem gente má que se arrepende feio, depois de passar uns maus bocados e aí tudo parece estar certo. Mas é justo? Existe justiça na dor? Certo ou errado, bom ou mau, é justo sofrer? Faz parte? É punição ou seria apenas coincidência? Algo que vem para uns e não para outros, independente de quem seja? O tom da palavra justiça que descrevo aqui, hoje não é sobre fome ou pobreza. Muito menos tem a ver com política ou sociedade. Hoje a injustiça é a natureza. Nesse minha estória o vilão se chama câncer. Aprendi uma vez no colégio que o câncer é algo bem simples. O câncer nasce de uma simples mutação no seu DNA. Se ela permanecer, o resto da história vocês já conhecem. Mas mutações acontecem no nosso corpo o tempo inteiro e ele mesmo, nosso corpo, trata de elim

Enjaulado

Assim como um animal eu me sinto. Preso, nesta jaula que esconde metade de quem eu sou, metade de quem eu fui. Aqui, neste lugar, nessa posição que tomei, não tenho muito o que fazer. Não tenho muitas decisões a tomar. Basta ficar quieto e sei que sobreviverei. Sem dor nem sofrimento, parece ser muito bom mas não é. Perdi minha essência e hoje me vejo diferente. Tão diferente que as vezes me pego questionando o que eu faria antes daqui. Ah, o antes... Antes eu era selvagem. Não tinha medo de arriscar. Eu corria mesmo, com tudo. Ia de encontro ao que almejava e se não conseguisse com êxito, ao menos estava um pouco melhor para a próxima vez. Mas quando se perde a batalha muitas vezes é difícil continuar lutando. O tempo passa e você fica mole. Simplesmente na inercia. Há algum tempo eu só corro quando sei que posso e só luto quando pressinto que ganharei essa batalha. Isso não é bom. As vezes eu sonho. Sonho que corro como nunca, que me jogo para ver e sentir com quanta força

Gravity

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Uma tentativa de explicar o que essa música me faz pensar... Eu penso que durante toda a nossa vida, nós almejamos apenas uma coisa. Ser feliz. Mas como não basta conquistar, é preciso também manter esse estado, nós passamos nossa jornada atrás dela, a danada da felicidade. Estranho é pensar que aquilo que faz uma pessoa feliz é o que torna a outra infeliz. As vezes é simplesmente impossível crer no que as pessoas são capazes de fazer. É difícil aceitar o quão fácil é, para alguém, abalar o seu mundo. A sua realidade. Não importa quem, não importa como. Alguém, um dia, sem esforço algum vai fazer com que você se sinta péssimo. Não há para onde correr. Mas eu sou obrigado a me perguntar: o que é felicidade? O que é felicidade para você? Eu já fiz essa pergunta aqui. O que faz uma pessoa feliz? O que é preciso ter? Quem é preciso ser? O que é preciso sentir? O que é felicidade para cada um? E se eu perguntasse o que é preciso para te fazer infeliz? O que é preciso para t

Um mero casaco de um sentimento emprestado

Estou cansado de ser só mais um dia de chuva. Cansado de ser um mero casaco. Nós vivemos grandes momentos juntos. Momentos de intimidade até. Afinal, não faz muito tempo você precisava de mim. Uma criança desprotegida precisa do seu agasalho para se aquecer. Eu lembro bem que te acompanhei, mesmo quando não fazia frio, pois até sua mãe dizia: leva seu casaco. Hoje tudo está diferente. Você já é dono do seu nariz, ocupado, orgulhoso e importante demais para lembrar de um bom amigo. Se ocupa da vida, se enche de razão e some sem explicacação plausível. Seu verdadeiro casaco nunca vai entender que você simplesmente não tem tempo para ele. Mas ainda assim eu estive sempre aqui nos dias de chuva. Os dias menos agitados e também menos alegres de sua vida, onde você desligou os telefones e pôs o seu casaco. Depois de tanta troca e tanta emoção você se vai novamente. Mas eu cansei. A frequência tem aumentado e há tempos eu não sou largado mais no armário e sim no chão. Jogado, pisado e a